quinta-feira, 13 de agosto de 2009

O Contexto da Educação Especial em São Luis- MA

I PARTE

De acordo com as pesquisas realizadas, as primeiras iniciativas na área de Educação Especial no Maranhão, aconteceram inicialmente nos estabelecimento de ensino privado, em 1962, com a instalação de uma classe especial para atendimento de alunos com deficiência mental e auditiva. Em 1964, ainda por iniciativa privada, foi instalada uma classes especial para deficientes visuais, que mais tarde serviu de base para a criação da atual Escola de Cegos do Maranhão.
Na rede pública, a experiência de Educação Especial teve inicio com o atendimento a alunos com deficiência auditiva em 1966, na Escola Modelo Benedito Leite e na Escola Sotero dos Reis, com o atendimento a deficientes visuais. Mas a Educação Especial só foi oficializada em 1969, através da portaria N° 432/69, da Secretaria de Educação do Estado, que criou o Projeto de Educação dos Excepcionais, responsável pela implantação de Programas de Educação Especial nas escolas públicas estaduais (SANTOS, 2004, p. 28).
Esse projeto iniciou suas atividades com as instalações de classes especiais e do ensino itinerante, nas escolas da rede estadual, visto que já existiam professores especializados em Educação Especial de deficientes visuais e auditivos. Em 1971, o Projeto foi ampliado com a criação de classes especiais para atendimento de alunos com deficiência mental.
O Projeto de Educação dos Excepcionais, através do Decreto n° 6.838, de 1978, passou a denominar-se Seção de Educação Especial, com o objetivo de promover o atendimento educacional ao aluno com deficiência. Em 1991 passou a denominar-se Coordenadoria de Ensino Especial (DUARTE, 2004, p. 34).
Atualmente, e de acordo com a reforma administrativa do Estado, o setor responsável pela Educação Especial no Maranhão é a Supervisão de Educação Especial (SUEESP), ligada diretamente à Subgerência de Educação Infantil e Ensino Fundamental, no âmbito da Gerencia de Estado de Desenvolvimento Humano (GDH). Essa Supervisão, para efetivar seus trabalhos no Estado, tem uma equipe multiprofissional composta por: professores especializados e capacitados; pedagogos; psicólogos; assistentes sociais; fonoaudiólogos; terapeutas ocupacionais; fisioterapeutas; professores itinerantes, intérpretes e digitadores/braile.
A Supervisão de Educação Especial está estruturada com uma equipe técnica central, composta por pedagogos e quatro centros de atendimento especializados. A implementação de Educação Especial é realizada através dos serviços de apoio pedagógico, sendo classes comuns, classes especiais, sala de recursos, itinerância, e professores intérpretes e dos Centros de Atendimento Especializados.
O Centro de Ensino “Helena Antipoff” funciona desde 1982 e atende alunos com necessidades educacionais a partir dos 15 anos de idade, que apresentam deficiência mental ou múltipla. Os alunos atendidos são aqueles que vêm das classes especiais, que estão fora da faixa etária e que não têm condições de estar numa sala regular, nem na Educação de Jovens e Adultos. Neste Centro, o aluno vivencia a pré-profissionalização, através de Oficinas Pedagógicas e da Bolsa de Trabalho, na perspectiva da qualificação para a sua colocação no mercado de trabalho e ampliação das possibilidades de inclusão social.
O Centro Integrado de Educação Especial Pe. João Mohana (CIEESP) atende alunos na faixa etária de até 14 anos, com necessidades educacionais especiais, que apresentam deficiência (mental, múltiplas e autismo) e portadores de condutas típicas de síndromes, com graves comprometimentos que impeçam, de imediato, sua integração e inclusão escolar. Presta atendimento especializado às crianças da rede regular de ensino e da comunidade, integrando-as ao processo de escolarização.
Para o atendimento especializado do seu público, o Centro João Mohana está organizado em quatro núcleos: de apoio à família; de apoio à sala de aula – escolarização e socialização, de apoio ao desenvolvimento do educando; e o núcleo de avaliação e diagnóstico. Este Centro agrega o maior número de técnicos especializados e atualmente é o responsável pelo serviço de itinerância da Supervisão de Educação Especial, que orienta e acompanha pedagogicamente alunos e professores nas escolas da rede pública de ensino estadual.
O Centro de Apoio Pedagógico Profª Anna Maria Patello Saldanha (CAP) atende crianças, adolescentes e adultos cegos e de baixa visão. A proposta pedagógica do CAP permite o desenvolvimento educativo, que inclui diagnostico e acompanhamento pedagógico ao aluno e orientação familiar. O CAP constitui-se um campo de estágio e um centro de referencia da Educação Especial, na área da deficiência visual no Maranhão.
Este Centro realiza um atendimento pedagógico especializado também para os alunos deficientes visuais ou com baixa visão, que estão inclusos nas salas regulares das escolas da rede, através de um núcleo de itinerância. Segundo informações da Supervisão de Educação Especial da SEDUC, o atendimento do CAP atinge também os alunos da rede municipal e de escolas particulares.

2 comentários:

  1. boa noite,
    sou formada em pedagogia e gostaria de fazer um curso de capacitação para libras, uma vez que na graduação temos essa grande lacuna no aprendizado de libras e braille. Portanto gostaria de saber onde em São Luis dispomos dos referidos cursos.
    Obrigada.

    ResponderExcluir
  2. adorei descobrir esse blog. Estou criando um denominado VISOLIBRAS. pois tenho curiosidades, desejo saber mais e pretendo divulgar o projeto que irei desenvolver em Caxias, voltado para o aluno surdo. Faço pós-graduação em Libras mas ainda não domino essa língua.Chegarei lá, pois quero contribuir com essa comunidade de cidadãos dignos, que muita vezes ficam em um silêncio, por seus colegas não conhecerem sua linguagem. PARABÈNS< SUCESSO SEMPRE!!!!!!!!!!

    ResponderExcluir