
Dr. Sergio Tamer,Secretário de Estado dos Direitos Humanos, Dr. Ronald Barros, Promotor da Pessoa com Deficiência e Patologias e Kátia Espíndola, representante do Conselho da Pessoa com Deficiência

O Secretário de Estado dos Direitos Humanos e Cidadania, Sergio Tamer, se reuniu no dia 19 de agosto de 2009, para firmar parceria com a Promotoria da Pessoa com Deficiência e Patologias. A reunião foi motivada pelo caso da estudante surda Emanuelle Sabino, 22 anos, que segundo a mãe, Maria Lúcia Sabino, foi impedida de estudar pelo fato das instituições de ensino de São Luís não disporem de meios adequados para atender a deficiência de sua filha e de não estarem preparadas para conviver com a realidade do deficiente.
Segundo Maria Lúcia, mãe de Emanuelle, sua filha foi vítima de discriminação e impedida de continuar os estudos por duas vezes em instituições de ensino superior da capital.
A reunião contou com a participação do Dr. Ronald Barros, promotor da pessoa com deficiência e patologias, Dr. Sergio Tamer,Secretário de Estado dos Direitos Humanos, Adriana Gomes, Supervisora de Defesa dos Direitos Humanos, Kátia Espíndola, representante do Conselho da Pessoa com Deficiência, Ana Rute F. de Albuquerque e Lídia Maria Trinta Arouche, representantes da Associação dos Surdos do Maranhão, Emanuelle Sabino, surda e Maria Lúcia, mãe de Emanuelle.
Segundo o Secretário de Estado dos Direitos Humanos e Cidadania, a Secretaria fará junto com a Promotoria ações para criar uma cultura de respeito aos direitos da pessoa com deficiência e não só para resolver o caso da Emanuelle que é só mais um caso dentre muitos que não chegam ao conhecimento da SEDIHC e nem do Ministério Público.
AÇÕES
A Promotoria e a Sedihc pensaram várias ações para que atos criminosos como o que aconteceu com Emanuelle sejam evitados.
“Vamos fazer uma campanha no sentido de cultivar esse hábito de que as pessoas com deficiências sejam bem recepcionadas nas escolas, nas faculdades e em todos os lugares em que chegarem”, afirmou Dr. Sergio Tamer. Ele afirmou ainda que, a Sedihc começará os trabalhos promovendo uma reunião dia 25 de agosto com a Associação dos surdos do Maranhão-ASMA, Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência, Centro de Assistência Social-CAS, Sedihc e a Superintendência de Educação Especial da SEDUC, além da estudante Emanuelle e sua mãe Maria Lúcia, na sede da Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Cidadania para que seja avaliado o porquê de ainda acontecerem fatos discriminatórios como o supostamente ocorrido com Emanuelle e propor soluções.
Segundo o Ouvidor da SEDIHC, Adelson Júnior, a denúncia já está sendo processada na Ouvidoria do órgão e tomada as providências para solucionar o caso.
A Supervisora de Defesa dos Direitos Humanos, Adriana Gomes, esclarece que é importante que a população saiba que existe um órgão no Governo do Estado com estrutura para receber denúncias desse gênero, e inclusive existe atendimento psicossocial e jurídico quando houver necessidade. “A Secretaria trabalha com a denúncia de duas formas, uma é no sentido de encaminhar a denúncia para os órgãos competentes e a segunda no sentido de dar atendimento psicossocial e jurídico dentro da própria secretaria por meio do Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência”, ela acrescenta.
A Secretaria também programa um evento com o tema “A importância da acessibilidade nas IES para inclusão das pessoas com deficiência”, no qual várias entidades da sociedade civil, órgãos do poder público e universidades do Maranhão se reunirão para discutir o tema da acessibilidade nas universidades e pensar novas formas de fazer valer as leis que garantem acesso a todas as pessoas ao sistema de ensino.
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